JOÃO BOSCO
( BRASIL – PARAÍBA )
JOÃO BOSCO RAMOS
Nascido no Prata (PB).
Formado em Ciências Econômicas.
Escreveu em parceria com o seu pai, a obra “Murmúrios
Di Alma”. Atualmente trabalha na Agência de Juazeiro
do Norte (CE).
AS MELHORES POESIAS DO 1º. CONCURSO ONESTALDO PENNAFORT. Prefácio de Eliezer Bezerra. Brasília, DF: FEBAB, 1984. 89 p, 15 x 21 cm.
No. 10 189
Exemplar da biblioteca de Antonio Miranda, doação do amigo (livreiro) Brito,
em outubro de 2024.
HORS CONCOURS
O DONO DO MUNDO
I
Eu boto o dedo no fogo
Sem a brasa me queimar,
Enfio prego na língua
Até ele se quebrar,
Me deito ante o boi
Deixo ele me pisar,
Eu lhe digo tudo isso
Sem nadinha inventar.
II
O que eu disser aqui.
Eu digo e posso fazer
Ando pela Amazônia
Sem os bichos me morder,
Dou uma ordem pra o sol
Faço ele escurecer.
Na hora que quiser
Faço a terra se perder.
III
Eu pulo de um avião
Sem a queda me matar,
Caio numa cachoeira
Sem a água me levar,
Vou lá no fundo do mar
Sem os peixes me pegar,
Se você achar ruim
Eu ando solto no ar.
IV
Eu ainda faço coisa
Coisa que você não faz,
A onça corre na frente
Sou eu quem corre atrás,
E você ainda duvida?
Pra tudo eu sou capaz,
Para apagar incêndio
A minha arma é o gás.
V
Eu ainda faço coisa,
Agora vou-lhe contar:
Já fiz o sol virar gelo
E a lua esquentar,
Faço o céu virar inferno
Sem os santos se queimar,
Se você ainda quiser
Faço o mundo se acabar !
*
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Página publicada em novembro de 2024.
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